A. Archipenko, Mulher penteando o cabelo, 1915
The Voice
Woman much missed, how you call to me, call to me,
Saying that now you are not as you were
When you had changed from the one who was all to me,
But as at first, when our day was fair.
Can it be you that I hear? Let me view you then,
Standing as when I drew near to the town
Where you would wait for me: yes, as I knew you then,
Even to the original air-blue gown!
Or is it only the breeze, in its listlessness
Travelling across the wet mead to me here,
You being ever dissolved to wan wistlessness,
Heard no more again far or near?
Thus I; faltering forward,
Leaves around me falling,
Wind oozing thin through the thorn from norward,
And the woman calling.
Thomas Hardy
A Voz
Mulher mais prezada, como me chamas, me chamas
A dizer que agora não és mais o que eras,
Quando deixaste de ser aquela que me era toda a gama,
Como no início, em nossa primavera.
Será que é a ti que escuto? Deixa-me ver-te, então,
Alerta como quando eu me acercava da cidade
Onde esperavas por mim: sim, como eu te sabia então,
Envolta no liso vestido de azul claridade.
Ou será apenas a brisa, passando em surdez
Pela planície úmida até chegar a mim,
Tu para sempre diluída em murcha lividez,
Não mais escutas, sussurro ou clarim?
E, então, eu; avulso adiante,
Folhas sobre mim tombando,
O terral coando-se fino pelo espinheiro oscilante,
E a mulher chamando.
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