[s/i/c]
Time passing, beloved
Time passing, and the memories of love
Coming back to me, carissima, no more mockingly
Than ever before; time passing, unslackening,
Unhastening, steadily; and no more
Bitterly, beloved, the memories of love
Coming into the shore.
How will it end? Time passing and our passages of love
As ever, beloved, blind
As ever before; time binding, unbinding
About us; and yet to remember
Never less chastening, nor the flame of love
Less like an amber.
What will become of us? Time
Passing, beloved, and we in a sealed
Assurance unassailed
By memory. How can it end,
This siege of a shore that no misgivings have steeled,
No doubts defend?
Donald Davie
O tempo passa, querida
O tempo passa, e as lembranças do amor
Tornando a mim, carissima, não menos derrisoriamente
que de uso, o tempo passa, insatisfatoriamente,
sem pressa, estável; e não mais
acres, querida, as lembranças do amor
Tornando ao cais.
Como terá fim? O tempo passa e nossas passagens de amor
como sempre, querida, cegas
mais que nunca; o tempo prega, desprega
entre nós; e ainda para o que não defasa
em falsa castidade, a chama do amor acesa
ainda feito brasa.
O que será de nós? O tempo
passa, querida, e nós num selado
argumento insitiado
pela memória. Como se prende,
Esse cerco de uma margem que receio algum tornou emperrado
E nenhuma dúvida defende?
Nota - 'carissima' [v.2 1ªe], segue não acentudado em português, porque originalmente uma menção ao termo em italiano no original de Davie.
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