quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Seguir por aí, manhã


Vista da Aldeota nos anos 40, sem indicação de crédito [s/i/c]


Todo bairro tem mais detalhes que nos mapas, fotos panorâmicas e percursos de automóvel

A sequência de ruas esguias. As árvores plantadas – em equívoco – nos canteiros centrais das avenidas. Certa sujidade e algum lodo. Um passo e depois outro. As calçadas maltratadas e irregulares. O capim crescendo em tufos entre fendas no cimento. Madrugada. Latir avulso de um cão. O pulsar dos anos foi traduzindo o bairro em matéria amorfa. Mas sempre há uma via onde as formas são história. Antes do sol nascer, a luz já está. Uma luz que encanta. Que envelopa as casas e prédios da Aldeota como num filme de Bresson.



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