[s/i/c]
Sei que há oásis
Mas por que quase sempre eles são só estatística? Sei que tenho leitores. E é por eles que este blogue existe.
Por ele já passou gente até de Andorra. Para não falar na Nigéria, Honduras (em mais de uma ocasião), Trinidad e Tobago, Ilhas Maurício, Taiwan, Iraque, Irã, Repúbica Tcheca... Enfim, com contadores como os de hoje, não fica difícil tracejar os que vem e por onde passam seus interesses. Eles buscam "da semelhança entre o homem e o dromedário" até o famigerado "beijo debaixo do ramo de visco". Ocasionalmente aparecem uns poucos: "putas em Fortaleza". Mas esses logo saem, ao perceber que o assunto tal como tratado aqui não é bem o catálogo que eles esperam.
Mas o que me incomoda - da mesma forma que ao Victor da Rosa e à Carol Marossi - é o empedernido silêncio da maioria.
Leitores de Afetivagem, manifestai-vos! Porque, às vezes, como meus colegas blogueiros acima, a sensação que tenho é a de estar pregando no deserto. E não em qualquer deserto. Mas num em que sequer há oásis. Um deserto mais árido que o de João Batista. Sem ao menos um Jordão cortando-o ao meio.
Porque na aridez solitária de um escritor, seus oásis são seus leitores.
Então, como acontece num western com aqueles pistoleiros que atravessam o Mojave ou com Riobaldo e seu bando de jagunços ao atravessar o Liso do Sussuarão, rogo em desamparo: "Água, água!".
Por ele já passou gente até de Andorra. Para não falar na Nigéria, Honduras (em mais de uma ocasião), Trinidad e Tobago, Ilhas Maurício, Taiwan, Iraque, Irã, Repúbica Tcheca... Enfim, com contadores como os de hoje, não fica difícil tracejar os que vem e por onde passam seus interesses. Eles buscam "da semelhança entre o homem e o dromedário" até o famigerado "beijo debaixo do ramo de visco". Ocasionalmente aparecem uns poucos: "putas em Fortaleza". Mas esses logo saem, ao perceber que o assunto tal como tratado aqui não é bem o catálogo que eles esperam.
Mas o que me incomoda - da mesma forma que ao Victor da Rosa e à Carol Marossi - é o empedernido silêncio da maioria.
Leitores de Afetivagem, manifestai-vos! Porque, às vezes, como meus colegas blogueiros acima, a sensação que tenho é a de estar pregando no deserto. E não em qualquer deserto. Mas num em que sequer há oásis. Um deserto mais árido que o de João Batista. Sem ao menos um Jordão cortando-o ao meio.
Porque na aridez solitária de um escritor, seus oásis são seus leitores.
Então, como acontece num western com aqueles pistoleiros que atravessam o Mojave ou com Riobaldo e seu bando de jagunços ao atravessar o Liso do Sussuarão, rogo em desamparo: "Água, água!".
Amigo Ruy.
ResponderExcluirCompartilho de sua sede. Também vivo em busca de água.
Lembrei agora de um diálogo vindo de algum desvão da memória:
- Água, meus netinhos! - implorava a velha, dentro do caldeirão fervente, aos pequenos João e Maria.
- Azeite, senhora avó! - eles, com suas malvadas inocências, respondiam.
(Trecho da historieta infantil com a qual Mamãe me assombrava antes de dormir.)
opa, lira,
ResponderExcluire ainda vem com brinde.
ressalva: ainda bem q. ainda ñ chegamos no estágio da velha:
"água, meus netinhos"!
falar nisso, lira, ñ sei se me compadeço mais desta velha da história (q. também me contavam) ou daquela q. está debaixo da cama (e não sobre ela) administrando ratos, gatos, cachorros, vacas... todo um jogo do bicho. devia ser contraventora, na certa. uma espécie de castora de andrade. lembra dos trapalhões?
abs.
"quando uma coisa produz silêncio
ResponderExcluirela está
pronta"
Sinceramente, tem muita água por aqui.
abs
Eliane