[s/i/c]
Uma terceira dentição
Cada um faz de seu blogue o que bem entende. Uns preferem dispor do espaço para dizer que escovaram os dentes. Outros que, a partir de agora, escovarão os seus com raspa de joá. Outros, que escovaram os dentes e as gengivas sangraram. Alguns, para registrar que lembraram de uma tal fulana enquanto escovavam os dentes. Outros vivem de colecionar a escovação de dentes alheia. E assim se prossegue numa orquestrada escovação sem fim. Como se o mundo fosse se interessar por ela apenas como ato ou vez. Sem forma. Ritmo. Tropos.
Mas gosto mais daqueles poucos que se vê por aí, onde o blogue – pela forma, pelo estilo – quer fazer crescer uma terceira dentição. Contra as leis da biologia e os ciclos da vida humana. Uma terceira dentição que permaneça até quando seu autor não estiver mais por aqui. O blogueiro que também não posta para o póstumo, nada sabe do passado. Não faz jus a sequer uma única das polegadas de cristal líquido da tela em que escreve. Mas os primeiros, não apagam nada. Escreveram justo o que “devia” ser postado. Não menos que isso.
Mas gosto mais daqueles poucos que se vê por aí, onde o blogue – pela forma, pelo estilo – quer fazer crescer uma terceira dentição. Contra as leis da biologia e os ciclos da vida humana. Uma terceira dentição que permaneça até quando seu autor não estiver mais por aqui. O blogueiro que também não posta para o póstumo, nada sabe do passado. Não faz jus a sequer uma única das polegadas de cristal líquido da tela em que escreve. Mas os primeiros, não apagam nada. Escreveram justo o que “devia” ser postado. Não menos que isso.
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