Se a poesia tiver um rosto, há de ter alguns traços deste:
Ezra e seu notável olhar de águia. Em trinta anos, uma solu-
ção de síntese para o Ocidente, e a redescoberta do Oriente.
Foto: © http://www.lit.kobe-u.ac.jp/~hishika/pound.htm
Bem, a insistência mais recorrente dos leitores de Afetivagem tem sido por uma maior contextualização dos poetas aqui traduzidos. Isto me tem sido cobrado em alguns e-mails. Pois muito bem, vamos a ela. Mas em doses homeopáticas:
Poesia Norte-Americana no Séc. XX, um folhetim:
Cap. I
De Era Preciso Educar-se na Europa à Ditadura Eliot -- ou Make It Knew In Rapallo
Era uma vez e Ezra Pound foi para a Europa, porque achava que não havia espaço – e tradição – para escrever poesia nas Américas. Ele ainda não havia feito as pazes com Walt Whitman. No íntimo, sentia certo ciúme do fato de Whitman e não ele, Pound, ter de fato sido o "inaugurador" da poesia nos Estados Unidos. Ou o "inventor", para usar um termo mais caro ao vocabulário do autor de The Cantos. Além disso, ele também entendia que Whtiman era um tanto descuidado quanto à forma. E tinha tomado umas liberdades com o verso que iriam causar mais mal do que bem às gerações subseqüentes. Ou seja, Pound não gostava mesmo da poesia de Whitman, apesar de, num belo poema, ter feito "as pazes" com ele [I make a pact with you, Walt Whitman/ I have detest you long enough/ I come to you as a grown child" – rosnava]. Ponham qualquer destes versos no Google e leiam o resto. O poema é lindo, garanto. Mesmo que seja só retórica, em boa parte. O título é "A Pact" ["Um Pacto"]. Bom, T. S. Eliot seguiu depois de Pound para a Europa, pois também achava os Estados Unidos um país ainda “meio selvagem”. Ambos – Eliot em menor grau, porque foi logo para Londres – encontraram em Paris com um grupo de americanos que já lá estava. Tinham chegado antes deles. Era barato, para um norte-americano, viver em Paris (ou na Europa) no entre-guerras. O grupo se reunia na casa de Gertrud Stein, na livraria Shakespeare and Co. – da também norte-americana Sylvia Beach – e, sobretudo, nos cafés. Uma boa crônica desse período pode ser lida em Paris é uma festa móvel [Paris is a moveable feast], de Ernest Hemingway. Que é, na verdade uma espécie de refração, de duplo, do romance mais notável de Hemingway: O sol também se levanta [The sun also rises], de 1926. Bem esse grupo de americanos expatriados fez contato com praticamente tudo de interessante que Paris tinha a oferecer à época. Isso incluía um cerrado diálogo com quem andava experimentando com artes plásticas, cinema, e, naturalmente todas as vanguardas literárias européias – dadaístas incluídos no pacote. Também com escritores de seu idioma, como o irlandês James Joyce e o inglês Ford Madox Ford, entre outros. Enquanto isso, William Carlos Williams e Wallace Stevens ficaram nos Estados Unidos. E Pound e Williams começaram a, epistolarmente, definir uma zona de convergência e afinidades comuns. Ainda voltaremos a esse aspecto. Por ora, é apenas parcialmente verdadeiro dizer que Williams "ficou" nos Estados Unidos, porque morou meio ano na Alemanha, cumprindo sua residência médica. Então, ao menos, estamos falando dos quatro grandes poetas modernistas norte-americanos: Pound, Eliot, Williams e Stevens. E também de uma tremenda e irrequieta escritora experimental: Gertrud Stein. Dos cinco, de imediato, quem foi mais bem aceito – por público e crítica – foi Eliot. E ele – que vinha de uma família muito tradicional – sentiu-se tão em casa em Londres que até se naturalizou inglês. Mas, antes disso, publicou, em 1922, "The Waste Land" ("A Terra Devastada"). 1922 foi um ano pródigo, pois também viu surgir Ulysses, de James Joyce. E, aqui no Brasil, houve a Semana. E para os de língua hispânica, o peruano César Vallejo e seu Trilce. É, a década de vinte foi mesmo uma espécie de anos 60 da primeira metade do século, né? No caso de Eliot, "Terra Devastada" trata-se de uma elegia sobre os descaminhos da I Guerra Mundial e outras ruínas Ocidentais. Quer dizer, européias. Há muita controvérsia cercando o poema. Mas a versão mais aceita é a de que ele foi "cortado" e "editado" por Pound, que o reduziu à metade do que Eliot originalmente havia escrito e lhe enviado. Ora isso depois causou até um grande mal entendido à poesia. Sobretudo quando baixava num poeta qualquer o espírito de Pound e este danava-se a revisar -- sempre cortando -- os versos de seus pares. Tornou-se, assim uma sorte de esporte ou passatempo. Um tanto sádico, é verdade. Mas o fato é que Eliot saiu muito bem na foto após os cortes de Pound e da publicação desse poema de tons trágicos e grandiosos. E, logo, durante um bom tempo, o que entendemos por poesia norte-americana consistia em ser Eliot ou imitá-lo. Seu parecer era dogma. É dele que vem a corrente mais "hegemônica" da poesia norte-americana, pelo menos até as décadas de 50 e 60. Mas com discípulos até hoje, como os poetas Mark Strand e Jorie Graham, ou o crítico Harold Bloom. Isso, apesar de os outros três – Pound, Williams e Stevens – continuarem produzindo e muito bem obrigado, poesia de altíssma voltagem. A moeda corrente da poesia eliotiana era o iâmbico (ou jâmbico) pentâmetro, um verso de cinco pés, cultivado já na Grécia antiga, e que converteu-se na medida mais nobre e recorrente da poesia em língua inglesa muito antes de Eliot sequer sonhar em, digamos, reciclá-la. Eliot adorava os poetas metafísicos ingleses do sec. XVII, como Andrew Marvell e George Herbert. E censurava em Shakespeare, entre outras, a criação de um "personagem sem saída", imponderável. Eliot falava de ninguém mais, ninguém menos, que... Hamlet. Ora, criticar assim Shakespeare tão desabusadamente em sua própria terra era preciso uma moral danada. E Eliot, de fato, estava com a corda toda. Seus ensaios obtiveram ampla ressonância. Em "Tradition and the individual talent", ele, por exemplo lima qualquer possibilidade de poesia que não se coadune com um rigoroso conhecimento da tradição em que ela é feita. E, entre outras, ele decretou que "não existe verso livre". O ganha-pão de Eliot também ajudou-o de lambuja, pois, ao ver seu prestígio consolidado, tornou-se figura de proa da importante casa editoral londrina Faber & Faber -- ainda hoje uma editora de projeção mundial. Mas nem tudo foi rosas para Eliot. Ele, logo que chegou a Londres sofreu uma estafa, de tanto trabalhar em um banco e tentar cavar espaço para suas leituras e escritas. E, mais uma vez, encontramos, aqui, o dedo ubíquo de quem? De Pound, naturalmente, meu caro Watson. Este conseguiu, com algumas respeitáveis matronas vitorianas, que Eliot fosse posto em trabalho mais ameno, em certa editora de grande prestígio. Nesse ínterim, Pound havia se mudado para a Itália. Notem que o temperamento de Pound flertava mais com o romance. O quê? Isto quer dizer, com as línguas românicas. Pound, é, por afinidade, muito menos "nórdico", do norte da Europa, do que Eliot. Daí o interesse de Pound pelos trovadores [troubadours] provençais [ou seja, do sul da França, da Occitânia ou Provença, berço da primeira língua culta composta pelas ruínas do latim amalgamadas a falares regionais europeus], por Guido Cavalcanti, Dante, Petrarca e até por Camões – a quem dedicou um belo e precioso ensaio. E, então, nada como a Itália, berço da segunda língua moderna a produzir literatura (depois dos amados provençais de Pound)[clique aqui para ler 'Provincia Deserta', um poema-homenagem de Pound aos Provençais], bem como epicentro da Renascença, para se morar. E lá se foi Pound, o homem do “make-it-knew”, morar em um velho castelo na comuna medieval de Rapallo, perto de Gênova, e fundada no sec. VIII, a. C. "Make it new in Rapallo", deveria ser o lema de Pound. Ao menos o lema completo. Não devemos esquecer que o autor de Hugh Selwyn Mauberley (1920) foi também um fino tradutor. E, até um pouco mais que isto. Pound praticamente reinvontou a tradição de poesia Chinesa e Japonesa para o Ocidente. Seu livro Chatay, 1915, com essas traduções do Oriente Extremo é uma obra prima. E, neste processo, Pound foi bastante auxiliado por uma nova forma de encarar a estrutura dos ideogramas orientais desenvolvida pelo sinólogo [especialista em China] norte-americano Ernest Fenollosa. Mas Pound também traduziu muitos poetas medievais europeus, tais como o toscano Guido Cavalcanti; os provençais Arnaut Daniel, Bertrand de Born, Bernard de Ventadorn, e até São Francisco de Assis. Entre os modernos, privilegiou mais os franceses simbolistas, como Rimbaud e Laforgue, além de poetas italianos, como Leopardi, entre tantos outros. Seu conhecimento de causa era mais do que enciclopédico. Ele literalmente respirava poesia. E foi, por igual, um grande incentivador de novos talentos. E um homem generoso, a seu modo, com os demais. Já velho, entrevistado, por Augusto de Campos, fez questão de indicar e. e. cummings --- um poeta que tinha muito pouco a ver com ele mesmo, e, de resto, seguia um itinerário um tanto à margem de qualquer grupo, por seu temperamento anarquista --- como uma sorte de sucessor na condição de decano [poeta mais velho, mais venerável] da poesia norte-americana, depois que ele, Pound, se fosse. Outro mencionado por ele, Robert Lowell, talvez devesse bem mais a Eliot. Mas, bem, bem, viajamos um pouco. Então, retornando algumas décadas, lembremos, que Pound caiu em desgraça – inclusive política – por ter apoiado Mussolini durante a II Guerra. E pagou por isto como poucos: passou vários anos preso num sanatório nos próprios Estados Unidos. Quando se pensa que Leni Riefenstahl, a talentosa cineasta a serviço da propaganda nazista, escapou incólume... O manicômio-judiciário foi, aliás, a fórmula que os amigos encontraram para que o poeta não fosse posto em uma prisão comum. Muitos protestaram. Entre eles, o que é comovente, o próprio Hemingway, que esposava idéias políticas diametralmente opostas às do venerável bardo. Disse o autor de O Velho e o Mar: "Ezra é um grande poeta e o digo com orgulho. Deixemos de perseguir os nossos poetas. Mudemos a visão americana segundo a qual um homem deve ser punido sempre que se recuse a se amoldar às massas. Pound errou. Se aplicássemos os mesmos critérios para a Idade Média, Dante havia de ter passado toda a sua vida num hospício por seus erros de julgamento e orgulho". Carlos Williams, o mais rejeitado dos três (Pound, Stevens, ele próprio), sequer conseguiu que a maioria dos críticos da época entendessem que o que ele estava fazendo era, de fato, poesia. Possivelmente, Williams foi também quem mais expressou certo desassossego em relação a desproporcionada notoriedade concentrada na figura de Eliot. Afinal, um de seus livros seminais -- o belo Spring and All [Primavera e Tudo] -- fora lançado no opulento ano de 1922 e, àquela altura, completamente ofuscado pelo sucesso estrepitoso de "The Waste Land". O mundo dá voltas. Hoje, seguramente, Williams é ao menso tão lido quanto Eliot. E a tendência é a de que o será mais, no futuro. E, no entanto, à época, esse desconforto de Williams em relação a Eliot não deve, naturalmente, ser entendido apenas como rixa pessoal, mas, guardadas as proporções, num sentido, algo, análogo à desconfiança de Pound em relação a Whitman. No caso, o que Williams entendia, a seu modo, era que a sombra de Eliot, tão europeizada, retardaria o desenvolvimento do que ele próprio chamou de "a expressão americana". Além disso, Dr. Williams era médico, em Paterson, New Jersey, e um obstetra bem requisitado. Há um livro de contos de Williams a respeito de suas experiências como médico: The Doctor Stories [Os contos do Doutor]. E, enfim, há Stevens que, por temperamento, preferiu desvincular-se da "vida literária". Passou a levar uma vida dupla ainda mais radical que a de Williams: executivo de uma grande empresa de seguros durante o dia e poeta à noite e nos feriados. É claro, não lhe sobrava muito tempo para travar contatos, ir a lançamentos, leituras ou elastecer correspondência. Mas não se tome isso ao grau zero. Marianne Moore conta, encantada, de haver presenciado leituras de Williams e Stevens. E gaba muito a civilidade e, em especial, o charme e o senso de humor do último - o que vem de encontro ao perfil mais sisudo traçado pela maioria dos biógrafos e críticos. E é também óbvio que não havia só eles. À época, os poetas mais lidos, nos Estados Unidos eram, além de Eliot, figuras que estavam bem à margem de tudo isso: Robert Frost e Carl Sandburg, por exemplo. Estes, no entanto, não foram grandes inovadores no que diz respeito à forma, embora fossem extremamente populares. Sandburg abraçou a causa do operariado do Meio-Oeste, cujo epicentro era Chicago – a meca da indústria norte-americana de então. Tratava-se de arte engajada. E Frost estava muito ligado aos valores ianques da Nova Inglaterra: o "self-made-man", o “do it yourself”, a vigorosa auto-confiança, independência e federalismo de um Henry David Thoreau. Ou à filosofia de Ralph Waldo Emerson. Ou como diz o slogan da Nike: "Just do it" -- e cuja continuação poderia ser "doa em quem doer". A Nova Inglaterra é composta pelos estados a nordeste do país: os mais antigos, mais tradicionais, mais europeizados, mais afluentes, e onde se concentravam as renomadas universidades, como Harvard e Yale. A Nova Inglaterra[Connecticut, Maine, Massachusetts, New Hampshire, Rhode Island e Vermont] foi, de resto, a grande vencedora da Guerra Civil e o berço da mentalidade ianque. E de um certo puritanismo quaker legado a empresários de sucesso -- como bem diagnosticou Max Weber, ao correlacionar espírito religioso protestante e ética capitalista. O epicentro da Nova Inglaterra é Boston. Note-se que alguns americanos se sentiriam, de fato, insultados se chamados de ianques, mas não um New Englander. [Eu confesso que não me sinto particularmente insultado, mas mal conhecido, quando -- prática muito comum -- os jornais espanhóis, especialmente os esportivos, estendem o "carioca" a todos que nascem no Brasil]. Um cronista da Nova Inglaterra em prosa foi romancista Henry James. Nascer na Nova Inglaterra era já ter meio caminho andado se seu talento fosse para literatura. Robert Frost foi muito popular até a década de 70. Era uma sorte de poeta identificado com os ideais dessa tradicional região dos Estados Unidos. Basta lembrar que era o poeta favorito de John Kennedy. Hoje, Frost já não é tão lido assim... Poetas como Marianne Moore e H. D. (Hilda Doolittle) ao contrário de Sandburg e Frost estavam em contato, em maior ou menor grau, com os quatro grandes – que ainda não eram tão grandes assim, claro, à exceção de Eliot, ao menos para o grande público. Mas o grande público é quase sempre um mau juiz de poesia. Pois bem, após a II Guerra Mundial, havia duas vigorosas tendências: os seguidores de Eliot e os outros. Os seguidores de Eliot, canonizados por uma nova teoria crítica chamada new criticism – que punha muita ênfase no texto em si, desprezando aspectos biográficos e, em certa medida, atenuando os histórico-sociológicos, algo que esteve em voga dos anos 20 aos 60 -- exerceram quase uma ditadura editorial. Impuseram-se como as figuras do momento. Nessa vertente há poetas como Robert Lowell, Elisabeth Bishop Theodore Roethke, W. D. Snodgrass, John Berryman e, posteriormente, Anne Sexton e Sylvia Plath. Eram aristocratas e extremamente bem educados. Uma elite, de fato, refletindo modos e afetações de elite. Além de, em alguns casos – como os dos nomes citados – uma poesia exuberante. Contudo, um tanto narcísica, auto-centrada. No sentido de os poetas exporem-se quase como casos clínicos se auto-analisando em público. Excesso de nudez, tanto espiritual quanto carnal. Na vertente de Eliot, prezavam ritmos mais tradicionais, bem como, em certos casos, o apego à rima. Por esse excesso de auto-exposição foram rotulados, paradoxalmente, de "confessional poets" ("poetas confessionais"), por girarem sua poesia em torno de seus próprios dramas pessoais – e, portanto, de um presumida vontade de escrever uma autobiografia poética. Digo, paradoxalmente, porque, se pararmos para pensar trata-se de um projeto justamente contrário ao da crítica (new criticism) que sobre eles jogara os holofotes da vez, como os "herdeiros" de Eliot. Mas, ao contrário deste, que não era propriamente um poeta confessional, houve uma altíssima taxa de suicídio e não poucos enlouqueceram. A ponto de Allen Ginsberg dizer de sua geração, que vem ligeiramente a seguir: "Esta é a hora da profecia sem morte como conseqüência". Ok. Mas isto são cenas do próximo capítulo. O telefone tocou, e preciso conversar com uma amiga que está com alguns problemas existenciais quase tão pungentes quanto os dos poetas confessionais. Câmbio desligo. Mas antes, advirto que esta é a parte da história mais conhecida. Até a próxima.
Ruy,
ResponderExcluir" poetas confessionais"
por girarem sua poesia em torno de seus próprios dramas pessoais !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Robert Lowell, Elisabeth Bishop Theodore Roethke.
extremamente bem educados.
aldir brasil
Ruy,
ResponderExcluiro seu blog está excelente
em pouquíssimo tempo despontando como um dos melhores blogs de poesia
gosto muito das suas traduções
(as escolhas são excelentes!)
e além de tudo esse "folhetim"
é uma excelente visada
sobre a produção norte americana do séc xx
prossigamos!
muito obrigado!
abraços
nícollas e aldir. mto. grato pelas palavras. acho q. a proposição não é propriamente "ser um dos melhores blogues de poesia", mas franquear uma zona de conversa minimamente honesta. p. ex., o 'folhetim' foi sugestão de vs. leitores. e estamos aqui, no aguardo de outras (!!)
ResponderExcluiro cara q. reside na ildefonso albano, o aldir brasil jr.[comentário anterior], pra quem ñ sabe, é o poeta-cronista das áreas de fortaleza q. me são mais caras: o centrão e a aldeota velha. além de matemático e faquir nas horas vagas.e líder tupamaro no -- infelizmente extinto, pois deveria ser tombado mas ñ literalmente-- g.o. [o velho e bom colégio general osório].
Excelente artigo, Ruy! Mas cadê a Laura Riding nisso tudo? Ela e o Robert Graves meio que lançaram as sementes do new criticism, não? Só não tiveram a mesma visibilidade por não fazerem parte do grupo do Eliot.
ResponderExcluirBeijos.
gratíssimo por seu comentário, minha romancista. isso ainda vai dar samba.
ResponderExcluirmas, como lhe disse, preciso conhecer mais de riding e li muito pouco a poesia de graves -- mais os romances históricos.
enfim, privilégio, de fato? poder contar com uma leitora como v.
fico no aguardo do romance.
bjs.