Marc Chagall, 1942
A Form of Women
I have come far enough
from where I was not before
to have seen the things
looking in at me from through the open door
and have walked tonight
by myself
to see the moonlight
and see it as trees
and shapes more fearful
because I feared
what I did not know
but have wanted to know.
My face is my own, I thought.
But you have seen it
turn into a thousand years.
I watched you cry.
I could not touch you.
I wanted very much to
touch you
but could not.
If it is dark
when this is given to you,
have care for its content
when the moon shines.
My face is my own.
My hands are my own.
My mouth is my own
but I am not.
Moon, moon,
when you leave me alone
all the darkness is
an utter blackness,
a pit of fear,
a stench,
hands unreasonable
never to touch.
But I love you.
Do you love me.
What to say
when you see me.
Robert Creeley
Uma Forma de Mulheres
Eu vim de muito longe
de onde não estive antes
para ver as coisas
mirando-me pela porta errante
e caminhei à noite
sozinho
para ver o luar
e vê-lo como árvores
e vultos mais terríveis
porque temia
o que não sabia
mas queria saber.
Meu rosto é o meu, pensei.
Mas você o viu
transtornado em mil anos.
Eu lhe vi chorar.
Não pude tocá-la.
Quis muito
tocá-la
mas não pude.
Se estiver escuro
quando isto lhe for dado,
tenha cuidado com seu conteúdo
quando a lua brilhar.
Meu rosto é o meu.
Minhas mãos são as minhas.
Minha boca é a minha
mas eu não sou.
Lua, lua,
quando me deixas só
todo escuro é
rematado breu,
um poço de medo,
um fedor,
mãos imponderáveis
nunca para tocar.
Mas eu te amo
e você a mim.
Que dizer
quando você me vê.
I have come far enough
from where I was not before
to have seen the things
looking in at me from through the open door
and have walked tonight
by myself
to see the moonlight
and see it as trees
and shapes more fearful
because I feared
what I did not know
but have wanted to know.
My face is my own, I thought.
But you have seen it
turn into a thousand years.
I watched you cry.
I could not touch you.
I wanted very much to
touch you
but could not.
If it is dark
when this is given to you,
have care for its content
when the moon shines.
My face is my own.
My hands are my own.
My mouth is my own
but I am not.
Moon, moon,
when you leave me alone
all the darkness is
an utter blackness,
a pit of fear,
a stench,
hands unreasonable
never to touch.
But I love you.
Do you love me.
What to say
when you see me.
Robert Creeley
Uma Forma de Mulheres
Eu vim de muito longe
de onde não estive antes
para ver as coisas
mirando-me pela porta errante
e caminhei à noite
sozinho
para ver o luar
e vê-lo como árvores
e vultos mais terríveis
porque temia
o que não sabia
mas queria saber.
Meu rosto é o meu, pensei.
Mas você o viu
transtornado em mil anos.
Eu lhe vi chorar.
Não pude tocá-la.
Quis muito
tocá-la
mas não pude.
Se estiver escuro
quando isto lhe for dado,
tenha cuidado com seu conteúdo
quando a lua brilhar.
Meu rosto é o meu.
Minhas mãos são as minhas.
Minha boca é a minha
mas eu não sou.
Lua, lua,
quando me deixas só
todo escuro é
rematado breu,
um poço de medo,
um fedor,
mãos imponderáveis
nunca para tocar.
Mas eu te amo
e você a mim.
Que dizer
quando você me vê.
Ruy, está demais! E cheio de poetas que eu não conhecia. Além dos que você vivia falando. Gostei muito destes dois Creeleys. Quando você vem a Sampa?
ResponderExcluirParabéns pelo blog!
Beijo,
Teca.
oi, oi, teca!
ResponderExcluirhá quantos!... como vão as aulas? estive em agosto passado por ái. mas foi tão corrido q. ñ deu para encontrar ninguém. este ano acho difíííícil! mas pode ser que vá no início do próximo.
bjs.
ruy