quarta-feira, 21 de março de 2007
Curvatura não é atributo -- um travelogue de Tomlinson
Netherlands
The train is taking us through a Mondrian—
The one he failed to paint. Cows
Keep moving along the lines
Of dyke and drain, the glinting parallels
And the right-angles of a land hand-made.
True: curvature is no feature of this view,
Yet why did the sky never cause him to digress
With its mile-high cloud mountains
Pillowed and piled over hill-lessness?
Flying between the two, go heron and gull
Haunters, hunters of every channel.
There are no verge unplanted, no acres spare:
Water continues accompanying our track,
Cows graze up to the factory windows and we are there.
Charles Tomlinson
Holanda
O trem nos conduz por um Mondrian—
Um que ele esqueceu de pintar. Vacas
Movem-se ao longo das linhas
De diques e drenos, os cintilantes paralelos
E os ângulos retos de um país feito à mão.
Certo: curvatura não é atributo desta vista,
Mas por que o céu nunca lhe impôs digredir
Com suas montanhas de meia-milha nubladas
Recortadas e sobrepostas às ausentes colinas?
Voando entre ambas, vão garça e gaivota
Caçando, caçando, a cada canal.
Não há terraços incultos, acres de reserva:
Água persiste em seguir nossa trilha.
Vacas pastam às janelas da fábrica e lá estamos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário