Conto da casa de gelados
No fim, havia apenas uma criança amedrontada tomando um sorvete diante da espessa noite. Nenhuma agudeza, travestimento de espírito. Pausa que indicasse caminho. Palavras álgidas, guiadas ao longo da Avenida Antônio Sales do coração. E só a gustação do sorvete, sabor puberdade tardia com calda de pavor por riba, indicava o que, um dia, se julgou ser sabedoria e coragem.
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