em
algum lugar por aqui, e escrevi: “os dicionários portugueses não
registram graviola”. depois uma amiga, sempre muito ciosa, me
disse que há pelo menos um que registra. daí voltei à sentença. e
tasquei um “a maioria dos dicionários portugueses”. mas - e
é aqui que mora o perigo - bem na hora de consertar a desinência do
verbo, o celular deve ter tocado. ou foi a campainha. a bateria do notebook pifou. uma fragrância inebriante veio da rua. a net saiu do ar. alguém chegou.
ou partiu. tive que sair. ou voltar. ou fiquei no mesmo lugar,
sonhando com uma viagem à romênia, certo de que a tradução de
magpie era mesmo pega. mas quando já estava em craiova, uma puta batida na rua. ou a lata de coca-cola, que pus no freezer para gelar mais rápido, explodiu. ou segui pingando is que eram para ontem. ou tive de limpar os pingos da coca-cola na porta do freezer. ou passou algo na TV - mulher ou gol - que me
prendeu olhar. e o olhar desviou feio, feito muitos, muitos
quilômetros na 222. ou lembrei-me das duas malditas cápsulas, esquecidas desde o café. ou deu vontade de comer queijo com goiabada. ou de fazer xixi sem goiabada alguma. ou
de reler romeu e julieta. ou, ainda melhor, pôr em prática esse
negócio todo de rouxinóis e cotovias, queijos e goiabadas, romeus e julietas.
caminhar até a praça. ou simplesmente namorar um muitão.
de forma
que a sentença toda não foi revisada. e a frase ficou assim (ou sic
como dizem os doutos): “a maioria dos dicionários portugueses não
registram graviola”. por dias e dias, assim e sic. doentinha. sem
eu notar.
a grécia em polvorosa. o aquecimento global ligeiramente amenizado pelas chuvas. a estação comandante ferraz explodindo que nem coca-cola, lá na antártica. a ponte preta se ferrando diante do santos. a baixaria na apuração das escolas de samba de são paulo. yuri dizendo que renata é ninfomaníaca. e, sobretudo ela, a frase, morrendo à míngua de erro de concordância - enquanto concordávamos na cama, fulana. insoniávamos, dormíamos, sonhávamos, acordávamos, adiávamos. tomávamos suco de graviola e outros líquidos de maior teor alcoólico. e a frase lá, cambaleando, doente, também de cama mas por outra razão: vômitos, náuseas novortográficas, soro, 39º de febre. tadinha. um quadro de desconcordite aguda.
a grécia em polvorosa. o aquecimento global ligeiramente amenizado pelas chuvas. a estação comandante ferraz explodindo que nem coca-cola, lá na antártica. a ponte preta se ferrando diante do santos. a baixaria na apuração das escolas de samba de são paulo. yuri dizendo que renata é ninfomaníaca. e, sobretudo ela, a frase, morrendo à míngua de erro de concordância - enquanto concordávamos na cama, fulana. insoniávamos, dormíamos, sonhávamos, acordávamos, adiávamos. tomávamos suco de graviola e outros líquidos de maior teor alcoólico. e a frase lá, cambaleando, doente, também de cama mas por outra razão: vômitos, náuseas novortográficas, soro, 39º de febre. tadinha. um quadro de desconcordite aguda.
a
quem interessar: nunca houve erro de conjugação. mas de
concordância. ou, ainda melhor, nem de concordância (sabemos nós
em cama, rede, mesa e banho): de atenção.
agora,
poxa, como foi bacana! - no redizer do samba. e o que eu não daria por mais desatenções
assim. deu até vontade de deixar com a concordância errada
haha!
ResponderExcluirruy, você é genial... :)
anna
que bom, anna, que ao menos uma em 3 bilhões acha isso... ;)
ResponderExcluirAs graviolas nem perceberam, e continuam assim mesmo, deliciosas! Soube que um ou outro dicionário ficou um tanto melindrado, mas nada sério.A maioria nem ligou :o)
ResponderExcluirhahaha! não sei disso não, viu? hahaha! :)
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