sexta-feira, 29 de maio de 2009

O Primeiro Alguma-Coisa


[s/i/c]



Uma questão de gênero

Que designação seria dada ao marido de Dilma Rousseff, no caso de ela, eleita, ter um: primeiro-senhor, primeiro-cavalheiro, primeiro-par, primeiro-consorte, primeiro-marido, primeiro-cônjuge, primeiro-respectivo, primeiro-esposo? Ou numa versão PT: primeiro-companheiro? [Não vale brincar: primeiro-gigolô, primeiro-amante... Uma só certeza: seria o primeiro "primeiro-alguma-coisa" de nossa história política].

Mas talvez isso nem seja necessário, uma vez que ela divorciou-se duas vezes e se encontra solteira. E sabe-se lá se faz planos de casar. Provavelmente não. Há muitos outros assuntos em pauta. A primeira prefeita eleita numa capital brasileira, em 1985, chamava-se Maria Luiza Fontenele, e fez uma desastrada administração em Fortaleza. Era também do PT. E também divorciada duas vezes. Talvez por isso, à época, não surgiu a atroz dúvida acima. Alguns anos depois, São Paulo elegeu Erundina, mas, bem, ela era, para variar, solteira também. Embora não divorciada. A atual prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, também é solteira. Parece que casamento e executivo feminino não se dão muito bem. Os gaúchos, no entanto, são governados por Yeda Crusius, que tem um marido. Mas o chamam, com notável falta de imaginação, apenas de "o marido da governadora".

Uma pergunta: será que ele seria admitido num encontro de primeiras-damas? Se não for, é DISCRIMINAÇÃO!




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