[s/i/c]
Se de fato houvesse algo de específico em literatura em termos de gênero, seria, a rigor, um problema para uma tradutora traduzir um poeta. Ou para um tradutor traduzir uma romancista. No entanto, esse problema, como bem sabemos, não há. E não só para gêneros, como também para etnias ou mesmo culturas mais deliciosamente regionalizadas e específicas. Um negro pode traduzir um branco. Ou um japonês, um mestiço. Um homossexual, um heterossexual. O mais recente tradutor de Dostoiévski para o português é um paraibano. No reino da tradução é onde se percebe ainda melhor o alcance cosmopolita da literatura.
Pois há uma forte idéia que preside a tarefa de traduzir: a da empatia. A de dar voz ao outro. Uma espécie de ventroloquia com régua, compasso. Porque o títere já emite uma voz mais ampla que a do ventríloco. Uma voz cheia de ressonâncias.
E um coração.
Pois há uma forte idéia que preside a tarefa de traduzir: a da empatia. A de dar voz ao outro. Uma espécie de ventroloquia com régua, compasso. Porque o títere já emite uma voz mais ampla que a do ventríloco. Uma voz cheia de ressonâncias.
E um coração.
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