[s/i/c]
De Invariâncias e Paradoxos
Outro dia, lia um artigo sobre literatura e o pós-moderno em que o autor datava a hora e o lugar exatos em que surgiu o pós-modernismo: o momento em que Einstein chegou ao termo da sua equação sobre a relatividade. Isso de "exato" pode soar engraçado aos olhos de um historiador, de alguém como Vico, de um cético ou simplestemente de um certo senso-comum mais intuitivo quanto a generalizações do tipo. Mas tem gente acredita nessas "exatidões" e divisores de água. Que fique claro, por outro lado e aqui, que se passa longe de negar a importância da contribuição de Einstein. A chave é bem outra: a banalização dessa contribuição, a leitura rala que a ela foi dada. De resto, sobre a apropriação indébita da Teoria da Relatividade pela "Teoria dos Relativismos", presente em nossos esquemas mentais, no de boa parte de nossos professores, e nas apologias e loas ao pós-contemporâneo, o esclarecimento de um físico:
O fato é que é quase uma ironia que a teoria tenha sido batizada com este nome. Porque enquanto a validade das leis de Newton depende do estado de movimento do observador com relação aos demais corpos do universo, o que Einstein obteve são leis INVARIANTES, ou seja, independentes do sistema de referência a partir do qual se descreve o movimento. Leis portanto absolutas neste sentido!
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