André Derain, c.1925
No Largo do Mincharia: para crianças, baixaria alguma
O Pré-Carnaval infantil no Largo do Mincharia, Praia de Iracema, neste 2009, é uma boa idéia com um nome infeliz.
A idéia é boa, porque concentra uma banda tocando ao vivo velhas e novas marchinhas de Carnaval. [e há algo mais doce, terno, evocatico e de partir o coração do que aquelas velhas marchinhas de Carnaval, quando, depois de tantos carnavais dançando ao som delas, se pára para botar atenção nas letras? Jardineiras tristes; lindas (e sádicas) pastoras; saudades que pedem por tréguas e bandeiras brancas; pequeninos grãos de areia que sonham com estrelas, nem que sejam do mar; arlequins chorando por colombinas em meio a mais de mil palhaços no salão, etc.] Além da banda ao vivo, haverá no Largo do Mincharia um concurso de fantasias. São senhas que, de algum modo, apontam aos pequenos que o Carnaval já foi algo mais refinado – e nem por isso menos divertido e saudável – do que os atuais melas-melas, axés, abadás e ensurdecedores trios.
O nome do evento, no entanto, parece referendar o apreço que nós brasileiros temos por locar, no plano da farsa, nossas vidas: Baixaria. Como um evento para crianças pode levar um nome assim? Aqui há, no mínimo, mau gosto. E espera-se que levemos nossas crianças para uma... baixaria? Quem sabe alguém ache isso espirituoso. [provavelmente um redator publicitário sem filhos]. Eu não acho. Vá lá que ainda fosse “baixinharia”. Mas, convenhamos, baixaria é algo pesado já para qualquer de nós marmanjos nos metermos. Quanto mais para baixinhos.
Em determinados momentos – e quase todos que são pais são suficientemente pais para saber disso – com criança não se brinca.
A idéia é boa, porque concentra uma banda tocando ao vivo velhas e novas marchinhas de Carnaval. [e há algo mais doce, terno, evocatico e de partir o coração do que aquelas velhas marchinhas de Carnaval, quando, depois de tantos carnavais dançando ao som delas, se pára para botar atenção nas letras? Jardineiras tristes; lindas (e sádicas) pastoras; saudades que pedem por tréguas e bandeiras brancas; pequeninos grãos de areia que sonham com estrelas, nem que sejam do mar; arlequins chorando por colombinas em meio a mais de mil palhaços no salão, etc.] Além da banda ao vivo, haverá no Largo do Mincharia um concurso de fantasias. São senhas que, de algum modo, apontam aos pequenos que o Carnaval já foi algo mais refinado – e nem por isso menos divertido e saudável – do que os atuais melas-melas, axés, abadás e ensurdecedores trios.
O nome do evento, no entanto, parece referendar o apreço que nós brasileiros temos por locar, no plano da farsa, nossas vidas: Baixaria. Como um evento para crianças pode levar um nome assim? Aqui há, no mínimo, mau gosto. E espera-se que levemos nossas crianças para uma... baixaria? Quem sabe alguém ache isso espirituoso. [provavelmente um redator publicitário sem filhos]. Eu não acho. Vá lá que ainda fosse “baixinharia”. Mas, convenhamos, baixaria é algo pesado já para qualquer de nós marmanjos nos metermos. Quanto mais para baixinhos.
Em determinados momentos – e quase todos que são pais são suficientemente pais para saber disso – com criança não se brinca.
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