domingo, 11 de janeiro de 2009

Meu pensamento aprendeu a lúcida arte: Campbell


William Turner, Willows beside a Stream, 1805



Reflection


My thought has learned the lucid art
By which the willows lave their limbs
Whose form upon the water swims
Though in the air they rise apart.
For when with my delight I lie,
By purest reason unreproved,
Psyche usurps the outward eye
To trace her inward sculpture grooved
In one melodious line, whose flow
With eddying circle now invests
The rippled silver of her breasts,
Now shaves a flank of rose-lit snow,
Or rounds a cheek where sunset dies
in the black starlight of her eyes.


Roy Campbell



Reflexão


Meu pensamento aprendeu a lúcida arte
Pela qual os salgueiros seus ramos guardam,
Cujas formas sobre as águas nadam
Embora pelo ar passeiam à parte.
Pois quando em deleite me deito,
Em razão pura, não censurável,
Psiquê usurpa o olho imperfeito
Para traçar sua estátua cinzelável
Em linha melodiosa, cujo fluir
Sob espiralado círculo investe agora
As rugas n'água de prata, sua espora
Que escanhoa um flanco de neve a zunir,
Ou aboleia o rosto onde o sol se tolhe
No lume negro do astro de onde ela olhe.



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