Peixe
Então, a água veio
ensinar à sede o tempo da chuva.
Recobrir a pedra de lodo,
as demoras de sonho.
Propor nas vozes grãos de criança.
E a polpa das frutas a gosmar nas ostras,
constituir no rascunho calcário o peixe.
Quem pode dizer por quem cala,
a não ser que também cale?
E muitos a não seres depois tudo grita.
E não se quer sair do rascunho.
* * *
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