quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Quando lerdes num breve livro casos tão diversos

Sigmar Polke, Kathreiners Morgenlatte, 1979

Me fez que seus efeitos escrevesse

No íntimo, uma coisa se quer: que o teu texto possa oferecer companhia a quem dela precisa. Adocicar o amargo de certa quarta-feira. Buscar. Possa remendar uma injustiça, ao menos em espírito. Provocar um sorriso – mesmo de sarcasmo tá valendo. E pensar que alguém, numa cidade estrangeira, sozinho e de olhar quebrado, pode matar saudades de casa ao lê-lo. Contiguidades assim proponha. De algum modo, alguma forma. E de um modo que não passe exclusivamente pela publicidade. E de uma forma que não seja escrava de uma teoria pré-. Ou que proponha apenas o jogo narcísico do poder. Ou ainda se sectarize, imbecilizando-se de vez. Se não se pode tocar um piano de cauda, como os clássicos, que se possa tirar algum som da gaitinha de boca. Livres. Grátis. Compartidos. Ainda mais abertos a todos que em Creative Commons. Ao alcance de quem, que o teu e o meu possam ser textos em que tudo periga.


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