quarta-feira, 21 de novembro de 2012

As Melhores Virtudes: the Grateful Dead

John Huston, The Misfits, 1961


Please forget you know my name


Se há um grupo que sintetiza as melhores virtudes americanas da compositividade, de algo um pouquinho mais mestiço, californiano, que aponta e aposta à fronteira e ao futuro bebendo nas fontes, esse grupo deve flutuar entre Crosby, Stills & Nash e o incrível Greateful Dead. Naturalmente menos careta que aquele patriciado puritano e auto-suficiente da Nova Inglaterra, do Leste em geral, esses grupos guardam uma pulsão tão forte, inexcedível de terra e gente combinadas em lugares e momentos do agora, que sua dinâmica musical revela - por despojamento e simplicidade - algo muito mais sofisticado que a aparente sofisticação um tanto mercadeada e afetada dos grupos britânicos em geral. Há uma proximidade, uma familiaridade com o assunto tratado, que, quem as despreza, não faz mais que entregar um punhado de pérolas aos porcos. Fico pensando como devia ser para esses caras que entendiam por dentro o ritmo, a dinâmica harmônica, lírica e melódica de seu povo, verem a sua música assumida – e mesmo conduzida – por outros que dela faziam, às vezes, uma qualquer outra coisa. Como uma espécie de “forró universitário” diante do “pé-de-serra”, se me entendem. 

Para todos os efeitos, toda vez que o Dead tocava, o “pé-de-serra” deles ganhava desdobramento e modernidades:



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