quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O Fortaleza, as amargas surpresas do futebol e um caso (mal cuidado) de polícia




para o fortaleza, o futebol não é uma caixinha de surpresas, é mais um caminhão baú de perplexidades. e, no caso, de péssimo sobressalto. amargo. para o menos fanático torcedor do leão, essa derrota para o oeste de itápolis não cabia no pior roteiro de cinema catástrofe. algo ainda é justo nisso tudo, no entanto. quando penso que airton monte morreu sem haver visto esse vexame, é sempre um poupar de dores desnecessárias a alguém

mas é preciso saber perder. e essa escória que saiu depredando o pv e a pracinha da gentilândia devia era estar atrás das grades, se o país, a cidade fossem um pouco mais sérios. como esses bandidos ainda não foram banidos dos estádios, se é tão simples para a pm monitorá-los por câmeras num local público? e identificá-los. fichá-los. proibir-lhes o ingresso no estádio? 

e por que a imprensa esportiva não é mais contundente, investigativa em casos assim? ou os próprios clubes não se distanciam das organizadas e demonstram alguma honradez, em vez de prosseguirem reféns delas? e por que esses tipos não estão prestando serviços comunitários como pena comutada ou simplesmente atrás das grades antes de estarem num lugar em que não têm a hombridade de se portarem como seres humanos? e como o orçamento dessas organizadas pode ser maior e elas lucrarem mais que os próprios clubes, parasitando-os, sugando-os descaradamente? e como é que pode haver gente decente, que a gente conhece, sabe que é boa gente em outros contextos, metendo-se com essa malta covarde, imbecilizada, que se esconde atrás de siglas como tuf e cearamor, e diluindo-se nelas para elidir a própria responsabilidade?

aí tem coisa. o aspecto mais hediondo de algo belíssimo como o futebol é essa intolerância machista, irracional e truculenta das organizadas. ou mesmo das torcidas em geral. e não adianta dizer que é uma minoria dentro dessas torcidas. pois, ainda que seja, o dever da maioria é o de sair dessas associações e festejar seu time na pluralidades, como um todo, sem facções truculentas ou sectarismos inúteis. eu não vou mais ao estádio. e só volto ao estádio no dia em que um sujeito com a camisa do ceará em plena torcida do fortaleza possa, sim, comemorar o gol do seu time sem ser importunado

a isso se chama liberdade e expressão. e nós, que estivemos na vanguarda de muita coisa no passado, como a abolição da escravatura e o modernismo literário, deveríamos mais era dar o exemplo. e não macaquear essa truculência barata que nos vem do rio, de são paulo, e até de mais além.

civilidade começa em casa

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