terça-feira, 27 de novembro de 2012

O blogue enquanto forma

Zoe Williams, 2011

em Afetivagem, tentou-se o blogue enquanto forma. Entenda-se isso quase no sentido secundarista que temos de gênero literário. E então pense o blogue enquanto gênero: mais ou menos como se pensa em romance, conto, novela, crônica, crítica, poesia lírica, ensaio, memória, letra de música, tradução, pastiche, reportagem, travelogue, etc. Pense, análogo a esses, um gênero chamado blogue. Até porque por aqui há todos os gêneros, em todos os sentidos - com a possível exceção do romance. Ou do poema épico, desnecessário dizer

é por aí. E também por aqui

havia predisposto que este ano escreveria ao menos um post por dia. Foi mais. Embora haja considerável quantidade de bobagem. Ossos inevitáveis do ofício? Não. Mas é preciso ser magistral para escrever coisas boas todo dia. E se não é o caso, também não se deite à escarradeira o que deve ir para o álbum
mas em dado momento, escrever todo dia impede textos mais longos, encorpados, devidamente revisados. Ou algum poeminha ou tradução a mais. Ou mais bem faturados. Embora algo do momento deva restar, como na prescrição de Carlos Williams: “if anything of moment results-so much the better", etc.
queria provar a mim mesmo que posso escrever diariamente. E pude. E posso. E que os posts, em geral, divertem. E, do contrário, há também textos mais densos ou mais longos. E houve até o momento em que textos curtos ameaçaram nos conduzir para algo mais amplo como o romance. Uma ameaça de romance. Ô coisa tentadora.  E porém ficou só na ameaça, na tentação

como deve ser, quando ainda não deve ser, etc.



NOTA POSTERIOR
se é preciso ressaltar alguém: você, leitor. Você que esteve mais por aqui neste último ano que nos 5 anos anteriores somados. MUITO OBRIGADO!

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