Ellsworth Kelly, 1951
As 86 mulheres de Mohammed Bello Abubakar
Mohammed Abubakar tem 86 mulheres. De nacionalidade, é nigeriano. De profissão, é curandeiro, professor e pregador do islã. Segundo algumas dezenas de suas mulheres, além de sua boa forma, foi fundamental os dons de cura de Abubakar para a conquista. Mas aos 84 anos e 170 filhos, o patriarca não recomenda que se tenha 86 mulheres. “É, se fosse inglês, com salário médio, só de pensão alimentícia ele teria que viver mais de cento e vinte vidas para dar conta do recado”, pondera o professor Brian Twinckenham, do City College. Acrescendo que Abubakar não teria a possibilidade sequer de viajar nas férias. Previdência á margem, Abubakar ressalta que uma de suas esposas tem asma e lhe dá muito trabalho. E há uma outra com problemas de unha encravada. Além disso seu centésimo quadragésimo nono filho não quer nada com a vida e levou pau na escola. Há outros onze de recuperação. E cerca de catorze fugiram de casa durante a adolescência. Recentemente, noventa e três dos rebentos fundaram a Associação dos Filhos Casados de Mahommed Abubakar. Outras associações estão previstas. Entre elas, uma de filhos e netos que ficaram sem presente de aniversário. Assim mesmo, o prolifico marido relata que por quase uma dúzia de suas esposas perdeu a cabeça: “e então, você calcule: perder só uma vez já é estrago, imagine umas poucas de vezes, como no meu caso”. Abubakar ressalta que a mais velha tem 86 anos, contra 28 da mais nova. O taumaturgo africano sublinha que só consegue saldar seus débitos conjugais por ajuda divina. Mas que ninguém tente imitá-lo, pois não seria bom para a saúde. Seus detratores, no entanto, insistem em apontar que algumas esposas de Abubakar optaram por manter casos extra-conjugais: “Só que eu saiba, pelo menos umas dezesseis”, disse um vizinho do clã, que vive na cidade de Bida, norte da Nigéria. Mas esse vizinho é solteirão e parece guardar certo rancor do empenhado casadoiro. De acordo com o Corão, um homem pode ter até 4 mulheres – desde que lhes dê uma atenção equânime. Mas Mohammed Abubakar interpreta a letra. Embora reconheça que foi um pouquinho além da prescrição corânica, diz que não há nada no Al-Azim sobre castigos para quem tiver mais de um quarteto: “não tem um limite. Depende da tua força, da tua capacidade”.
Ao que se pode acrescentar: e de uma memória de elefante também. Afinal, não deve ser fácil gravar o nome das 86 esposas e dos 170 filhos. Ou um mínimo da história de vida de cada um deles. Ou até mesmo a sequência em que os meninos nasceram. Isso para não falar em netos, noras, genros, parentes-afins, etc.
Hoje [12.08.08], no El País, "No os caséis con 86 mujeres", citando uma fonte da BBC.
Mohammed Abubakar tem 86 mulheres. De nacionalidade, é nigeriano. De profissão, é curandeiro, professor e pregador do islã. Segundo algumas dezenas de suas mulheres, além de sua boa forma, foi fundamental os dons de cura de Abubakar para a conquista. Mas aos 84 anos e 170 filhos, o patriarca não recomenda que se tenha 86 mulheres. “É, se fosse inglês, com salário médio, só de pensão alimentícia ele teria que viver mais de cento e vinte vidas para dar conta do recado”, pondera o professor Brian Twinckenham, do City College. Acrescendo que Abubakar não teria a possibilidade sequer de viajar nas férias. Previdência á margem, Abubakar ressalta que uma de suas esposas tem asma e lhe dá muito trabalho. E há uma outra com problemas de unha encravada. Além disso seu centésimo quadragésimo nono filho não quer nada com a vida e levou pau na escola. Há outros onze de recuperação. E cerca de catorze fugiram de casa durante a adolescência. Recentemente, noventa e três dos rebentos fundaram a Associação dos Filhos Casados de Mahommed Abubakar. Outras associações estão previstas. Entre elas, uma de filhos e netos que ficaram sem presente de aniversário. Assim mesmo, o prolifico marido relata que por quase uma dúzia de suas esposas perdeu a cabeça: “e então, você calcule: perder só uma vez já é estrago, imagine umas poucas de vezes, como no meu caso”. Abubakar ressalta que a mais velha tem 86 anos, contra 28 da mais nova. O taumaturgo africano sublinha que só consegue saldar seus débitos conjugais por ajuda divina. Mas que ninguém tente imitá-lo, pois não seria bom para a saúde. Seus detratores, no entanto, insistem em apontar que algumas esposas de Abubakar optaram por manter casos extra-conjugais: “Só que eu saiba, pelo menos umas dezesseis”, disse um vizinho do clã, que vive na cidade de Bida, norte da Nigéria. Mas esse vizinho é solteirão e parece guardar certo rancor do empenhado casadoiro. De acordo com o Corão, um homem pode ter até 4 mulheres – desde que lhes dê uma atenção equânime. Mas Mohammed Abubakar interpreta a letra. Embora reconheça que foi um pouquinho além da prescrição corânica, diz que não há nada no Al-Azim sobre castigos para quem tiver mais de um quarteto: “não tem um limite. Depende da tua força, da tua capacidade”.
Ao que se pode acrescentar: e de uma memória de elefante também. Afinal, não deve ser fácil gravar o nome das 86 esposas e dos 170 filhos. Ou um mínimo da história de vida de cada um deles. Ou até mesmo a sequência em que os meninos nasceram. Isso para não falar em netos, noras, genros, parentes-afins, etc.
Hoje [12.08.08], no El País, "No os caséis con 86 mujeres", citando uma fonte da BBC.
ô cara disposto...
ResponderExcluirboa história, ruy.
beijão!
ôôôô! bote disposição nisso, anna!
ResponderExcluirbjs.