segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Quem não chora


Capa do nº inicial de Para Mamíferos


Nova Revista à Vista


Próxima quinta, dezenove e trinta, dia vinte e dois, no espaço contíguo à Livraria Ao Livro Técnico do Centro Cultural Dragão do Mar, lançamento da revista de literatura e arte Para Mamíferos. Os editores são Pedro Salgueiro, Tércia Montenegro, Raymundo Netto, Nerilson Moreira, Irajacy Costa e Glauco Sobreira.

Conto inédito de Dalton Trevisan; dossiê sobre a literatura cearense quase recente, pós-Grupo Clã (Caio Carneiro, José Maia, Mário Pontes, José Alcides Pinto et alli); traduções de Gertrude Stein e Ernest Hemingway, por Virna Teixeira e Xênio Ruysconcellos; poemas e prosas de Henrique Dídimo, Fayga Bedê, Carlos Nóbrega, Everardo Norões, Carmélia Aragão e Amílcar Bettega; texto de Sânzio de Azevedo; entrevista com Ana Miranda; além de tiras de quadrinhos do Glauco; artigo de Gil Brandão sobre o Teatro Radical Brasileiro, do qual não faço a menor ideia; inédito de Juarez Barroso; matéria sobre a Shoah, entre outros presentinhos.

O preço é só dez mangos. Revistas de papéis e tintas como a Para são cada vez mais difíceis de fazer e, sobretudo, manter nesses tempos virtuais. Seja solidário com os escritores de sua cidade e até d'além-mar. Eles também são mamíferos e têm, de algum modo, de pagar a rapadura e prover o leite dos meninos.

É engraçado a grita geral sobre o marasmo cultural em Fortaleza. E, quando um grupo de escritores, que traz em sua equipe nomes do talento de um Pedro Salgueiro e Tércia Montenegro, resolve lançar uma revista, já de cara neguinho não vai. Neguinho não compra. Neguinho não quer saber. E isso numa cidade com cursos de jornalismo, publicidade, audiovisual, moda, letras, arquitetura, música, artes plásticas (e não-de-todo-plásticas) escorrendo pelo ladrão.

Talvez porque neguinho desconheça que quem não chora não mama.

Para Mamíferos começa bem. Começa, aliás, com o bom-senso do número 1. Não houve número zero. Ainda bem. O zero, invenção dos sofisiticados árabes, à altura da Idade Média,  é para aquilo que não existe. Eis porque nada se pode dividir por zero. Mas a Para é para ser dividida entre muitos. E ainda mais a esse preço módico de dez mi-réis. 

Pare. Pense. Leia a Para. E olhe que seu dia, apesar de vir, virá com menos azedume e mais verniz.


P.S. -- Havia esquecido e o Renato Mazzini me lembrou: o contato para aquisição da revista, bem como para sugestões, comentários, críticas, etc. é:  paramamiferos@gmail.com  


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4 comentários:

  1. Como compro, Ruy?

    Abração.

    Renato

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  2. olá, renato,

    o contato q. eles me passaram foi o seguinte:

    Redação (aquisição de revistas, críticas, sugestões e outros): paramamiferos@gmail.com

    forte abraço,

    do ruy

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  3. conto inédito do trevisan? como conseguiram isso, meu deus!? o césar aira disse numa entrevista que tinha vários contos do trevisan traduzidos para o espanhol, entrava em contato pra publicar na argentina e o sujeito jamais respondeu.

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  4. é q. o pedro salgueiro, um dos editores da 'para', tornou-se 'amigo' do trevisan quando morou em curitiba -- [se é q. isso é possível no senso convencional do q. se entende por amizade...rs]. o certo q. o pedro visitou trevisan em sua casa, e este lhe passou todos os seus livros com dedicatória e tudo de direito. mistérios da meia-noite, victor, convenhamos...

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