Depois
da cheia ele perdeu tudo. A seguradora alegou que não cobria Tudo. Havia uma cláusula contra Tudo, caso Tudo ocorresse. Seguradoras propõem cláusulas e nutrem grande aversão às simultaneidades. E, então, ele saiu remando sem ânimo com aquela cara de
quem comeu e não, típica dos que foram asperamente traídos pela
mulher. E pela mulher com o melhor amigo. Como se isso de um esporte consistisse. E
havia algo de uma ave um pouco gorda, assexuada e em seu semblante.
Como um capão. Triste. As coisas não melhoraram no estio. A mulher
prosseguiu cercas pulando. O amigo a malversar verbas no escritório, e dormir com a mulher. E ele não sabendo de nada em aparências.
Quer dizer, sem café com leite, ele já não sabia mais o que fazer
ou como. A não ser, de desentendido. Como manda a querida Prudência. Perdê-la, seria perder boas chances de negócio. E a ópera prosseguia. Era desentender-se em excesso para não perder a mulher. E Prudência se envolvia cada vez mais com o sócio e, por sua vez, lhe deixava amplas noites para se divertir. Era como voltar ao secundário. Até
ele dizer chega? Mas
para quê, se a vida não é muito mais que isso, essa fina arte de
manter as aparências que nem sempre enganam? Por um outro grampo, seguro, era ele quem enganava a todos.
E cada um acha estranhos consolos nesta vida.
não gosto dessa ilustração. nem desse tema. já tem gente demais obcecado com isso. por que vc não mantém distância regulamentar?
ResponderExcluirpor que esse é, salvo engano, o meu blog. ainda não é só seu, entende? ou vai folgar mais?
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