[s/i/c]
Paupéria Revisitada
Putas, como os deuses,
vendem quando dão.Poetas, não.
Policiais e pistoleiros
vendem segurança
(isto é, vingança ou proteção).
Poetas se gabam do limbo, do veto
do censor, do exílio, da vaia
e do dinheiro não).
Poesia é pão (para
o espírito, se diz), mas atenção:
o padeiro da esquina balofa
vive do que faz; o mais
fino poeta, não.
Poetas dão de graça
o ar de sua graça
(e ainda troçam
— na companhia das traças —
de tal “nobre condição”).
Pastores e padres vendem
lotes no céu
à prestação.
Políticos compram &
(se) vendem
na primeira ocasião.
Poetas (posto que vivem
de brisa) fazem do No, thanksseu refrão.
Ricardo Aleixo
Putas, como os deuses,
vendem quando dão.Poetas, não.
Policiais e pistoleiros
vendem segurança
(isto é, vingança ou proteção).
Poetas se gabam do limbo, do veto
do censor, do exílio, da vaia
e do dinheiro não).
Poesia é pão (para
o espírito, se diz), mas atenção:
o padeiro da esquina balofa
vive do que faz; o mais
fino poeta, não.
Poetas dão de graça
o ar de sua graça
(e ainda troçam
— na companhia das traças —
de tal “nobre condição”).
Pastores e padres vendem
lotes no céu
à prestação.
Políticos compram &
(se) vendem
na primeira ocasião.
Poetas (posto que vivem
de brisa) fazem do No, thanksseu refrão.
Ricardo Aleixo
Nota- rá, isso soa. Pode-se imaginar a diversão do cara ao escrever algo assim. E a diversão nossa de leitores ao lê-lo. Que distância da chatice desses poemas que se pretendem a "expansão de um impasse". E que não juntam o verbo com o sujeito. Tomei este poema emprestado do blogue A Flauta-Vértebra.
* * *
é o poema que mais gosto do Ricardo Aleixo.
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