O blogueiro pastichador ao violão, 1987 [Foto: Márcio Figueiredo]
Aquela magra lá do sul veio, manhã, e me esqueceu. E eu não pude
esquecer. Aquela esbelta do café, filha do fio de aroma; longa, só
e sem amigas. Pisou-me a rua em desoras. A noite tinge-se, doura-se
de uma chama delicada. E não a pude esquecer. Aquela de bela
cintura. Sim, senti sua textura na ponta das pedras pume. Rasgou por
mim noite escura. Um jasmineiro amarelo. Tanto me quis e a quero, que
carregou os meus olhos. E eu não a pude esquecer. Aquela - foi em
Pernambuco - veio, manhã, e me encarou. E não a pude encarar.
Que carregou os meus olhos. Já não consigo dormir. Que me encarou, dia feito. Já não consigo sonhar
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