domingo, 9 de setembro de 2012

O Escritor


Valdo Aderaldo, Pádua Pires, este blogueiro que vos fala, e, em segundo plano, Fernando Costa e Gentil Barreira #Sódelombras; em algum lugar dos 90', o grupo que apenas imaginava coisas

não é esta ou aquela foto no Instagram que faz de nós interessantes, mas nossa capacidade de experienciar mais o mundo fora da foto. Ao largo do filme 

(uhmm. É também preciso dizer que não se leva em conta a lógica em si da frase. Pois, no caso, esta frase será cada vez menos verdadeira. Quer dizer, quem não viver intensamente através de fotos, também não convergirá para os outros. não conseguirá viver de fato fora delas. Porque as fotos vem galopando sobre as palavras, faladas e impressas, não é de hoje)

é. em geral, a gente passa batido. um escritor? um escritor olha, reavalia. e então nota que há algo lá que pode ser melhorado. que pode ser dito de uma outra forma. anota a frase e cisma com ela. altera os termos. melhor? repete-a em voz alta. talvez. e cisma. e se pergunta: o quê? o que, meu Deus? seu ouvido-olho sopra-lhe a charada. ele a sente. a frase está no ar. ele pode até sentir sua extensão. a frase, ali, abstrata ainda, sem o sentido das palavras. como uma forma platônica e anterior, que periga. profundamente. mas não. é até antes que platônica. apenas uma duração. uma medida. um som deitado na rede de balanço do tempo. sem qualquer conceito ou sentido anterior. mas também ela ameaça querer escapar. e ir para a casa da mamãe. e fazer jogo duro. até que, enfim, ele chega lá:

não é aquela ou esta foto no Instagram que nos faz interessantes, etc.

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