fácil gostar de Bergmans ou Cassavetes. Ou, hoje em dia, mesmo, digamos, de Marcelos Gomes ou Caos Guimarães. Mais difícil é gostar de um
bando de pirralhos anônimos, que saem para gravar fora de hora.
Levam chuvas ou se bronzeiam compulsoriamente. Arriscam perder equipamentos, pois a bandidagem não vacila. E equipamentos, para eles, não dão em pés de jambo. Vão para o estágio ou a faculdade no dia seguinte, morrendo de sono. Não podem contar com
muita coisa além de seu próprio olhar; a sede de vontade de,
saltando as engrenagens da indústria, oporem um rosto às ruas, gentes, gestos: pedra de toque. um rosto muito diverso da ficção do telejornal ou do documentário da telenovela, do blockbuster...
e
ainda tem de ouvir de pais e amigos: estão perdendo tempo. E de críticos, que nunca juntaram dois takes gravados com câmera de celular,
a redução a pó de seus esforços, depois de estes vomitarem a lenga-lenga
amparada na usual listinha de autores, teorias, dispositivos, em que não
vai qualquer real novidade, risco, talento, vida, astúcia, ser vivo
à lucidez de alguns é preferível essa poética falta de jeito e abençoada confusão dos mais novos. Coisas que procedimentos em série ainda não domaram
e, em certos casos, nunca hão de
à lucidez de alguns é preferível essa poética falta de jeito e abençoada confusão dos mais novos. Coisas que procedimentos em série ainda não domaram
e, em certos casos, nunca hão de
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