no
futuro, o homem valerá também pelo dispositivo portátil. Ou seja, os smartphones e tablets – ou algo análogo a eles, porém menor, já devidamente ultra-microchipado, não se sabe se já embutido sob a pele – terão de ser aceitos em concursos, avaliações. Talvez consistam em algo tão só tatuado, que você possa tocar de leve, não como se ataca o prurido com as unhas depois de algum tempo e resistência. E terão de ser aceitos, porque se o aluno anteriormente não podia consultar
livros durante uma prova, isso se dava em função de não poder
portar consigo todos os livros. Quer dizer, os da instituição ou os sobre o assunto em demanda. O caso do smartphone ou do mini-tablet
é diferente: ele se propõe como complemento cerrado do pensamento.
Se ideal ou não, não vem ao caso. Ele pode conter bibliotecas
inteiras, vastíssimas, em muitas línguas, enciclopédias em fila – e não só livros, como também filmes, sons, mapotecas, 3D's, museus de belas artes...E, mais urgente, vai chegar-se ao ponto em que será impossível desfazer-nos deles, por mais que desejemos. Em resumo, talvez haja sido por uma desses que Esaú trocou a primogenitura. Equívocos sempre os há, ao se passar a mensagem, como na brincadeira do telefone sem-fio – que, de resto, agora é real. Mas é também toda
cultura material do mundo compactada numa geringonça que ocupa menos
área que uma lata de lentilhas em conserva. E se pode levar para onde se for. Como se porta um anel, uma verruga
o próprio Áleph materializado
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