quarta-feira, 6 de junho de 2012

Prólogo a um prólogo de Béla Tarr



Pessoas agasalhadas, agrisalhadas e embrutecidas olham adiante numa fila. Fim do outono. De meia-idade e, de algum modo, vazias; pois não há muito o que fazer no campo dos sonhos ao largo do fim de uma fila assim.
Para onde todos olham como destino. 
(Ao fundo, teclados soam com mais harmonias que melodia)

A line of bundled up, grayish and brutalized people are looking ahead of themselves. End of autumn. They are middle-aged people and somehow empty, for there is not much to do in the field of dreams off  the line up they stand.
Looking ahead like destiny.
(On background keyboards sound more harmonies than melody)
Once William Carlos Williams composed a book called Pictures from Brueghel. Each poem in the book is nothing but the description of a Brueghel's picture. Similarly one could do the same to some sequences in Bela Tarr's films.

Certa vez William Carlos Williams fez um livro chamado Quadros de Brueghel. Cada poema do livro não é mais que a descrição de uma tela de Brueghel. Por analogia, pode-se fazer o mesmo com algumas sequências nos filmes de Bela Tarr.

To watch the short film in Youtube: http://bit.ly/acII15
Para assistir ao curta na integra: http://bit.ly/acII15

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