os
analistas da bolsa ocupavam-se de certa oscilação maior do pregão.
os evangélicos reuniam-se em torno de um festival gospel. os gays
preparavam a parada de orgulho. e os héteros falavam mal dos gays.
as modelos passavam fome ao nosso lado, mas já tinham alguma vaidade. os carnavalescos suavam em julho, a prever incêndios,
pragas, contratempos até quando o carnaval. micaretas prosseguiam abadanando[1] noites. a criança em alguns comia pipocas na manteiga. os tuiteiros mediam fórmulas de ganhar mais
seguidores. e os seguidores sorriam amarelo derretido, como barras de manteiga fora do freezer. mas então, eu
vi: um anão ruivo - com gaita de foles, kilt e tudo de direito - entrou no boteco
e contou, um a um, toda a gente que assistia aos pênaltis da final e
ao juízo. agora já sabemos qual a metodologia da pesquisa:
eles
empregam anões escoceses.
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[1] Não é gralha, o verbo acabou de ser criado abadanar - vestir abadá, cobrir com abadar.
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