Robert Bresson, Lancelot du lac, 1974
Ginebra tinha olhos verdes
Durante anos viveu nos livros e na fumaça de seu cigarro.
As
manhãs surgiam ásperas, abafadas e ainda sem a nódoa do idealismo
que a nostalgia larga. E com os dedos amarelados, passava as páginas
como quem passa debaixo do olhar e da varanda daquela a quem se
deseja. Ele, ferido no bosque. Sangrando, com seu cavalo.
Ela, de verdes olhos, a que dorme atrás da janela mais desejada, na amurada interna do castelo. A que oscilava entre o rei e ele.
Ela, de verdes olhos, a que dorme atrás da janela mais desejada, na amurada interna do castelo. A que oscilava entre o rei e ele.
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