Juan Miró
quando
penso no carinho com que guardava minha edição de Mais Provençais, cuidando para não amassar as pontas entre os outros livros. Era feito trazer de cor certos
números na caderneta, e uma linha escrita de próprio punho. E, então, olhá-la à
distância, naquele fio onde vão tesão e metafísica. O livro
branco, a iluminura. Era raro ter versos assim em casa. E bem
vertidos. Estar começando uma biblioteca era o mesmo que estar começando, sem mais. Era diferente de hoje, passado em alho e cascas. De
ter a biblioteca de Alexandria aos pés, implorando, feito Anita
na Fontana di Trevi, e não ter a mínima ideia de por onde começar.
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