há
muita coisa que se pode aprender com Francis Ponge que se pode
aprender com João Cabral de Melo Neto. E se é possível aprender
com João Cabral, é também preferível aprender com João Cabral
porque
para um poeta a linguagem da concreção dos objetos deve ser
limítrofe. E como manejar essa linguagem, se não se faz uso desses
objetos? Ou se está longe deles? Algo se perde
e,
ainda assim, um poeta adivinha e sonha, e isso empresta uma concreção
misteriosa até mesmo a esses objetos distantes, de que não faz uso.
Porque suas adivinhações e sonhos são mais precisos e matemáticos,
por uma lógica distinta da matemática
esse blog é um oásis. saudações, Ruy.
ResponderExcluir