domingo, 14 de outubro de 2012

Ponge, Cabral e os Objetos




há muita coisa que se pode aprender com Francis Ponge que se pode aprender com João Cabral de Melo Neto. E se é possível aprender com João Cabral, é também preferível aprender com João Cabral

porque para um poeta a linguagem da concreção dos objetos deve ser limítrofe. E como manejar essa linguagem, se não se faz uso desses objetos? Ou se está longe deles? Algo se perde

e, ainda assim, um poeta adivinha e sonha, e isso empresta uma concreção misteriosa até mesmo a esses objetos distantes, de que não faz uso. Porque suas adivinhações e sonhos são mais precisos e matemáticos, por uma lógica distinta da matemática

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