terça-feira, 23 de outubro de 2012

Eletrobach, Pretobach



é a linha curva da música de Bach que acha desdobramentos no chorinho e na arquitetura brasileira - e, entenda-se, não só na de Niemeyer. Assim como seu caráter compósito: síntese de diversas culturas, caldos e tendências 

reenxertou-se bem por cá. E por sua materialidade e sensualidade, que nos são caras. E mesmo quando coroas, é bom ouvi-la. A celebração da criação como instância do que está aqui, agora, conosco, sensualmente. Pelo fato de ser única, apesar de dever a tantos. Casa e companhia. Pão e sonho. Um abrigo. Ser e estar no mundo com menos desconforto: toldo e para-chuvas em dias de temporal. E a janela abrindo-se, depois, às ruas lavadas, gotas a pingar de suas folhas.

uma concretude. Um fluxo. As baixarias dos violões de sete ou dos choros de Pixinguinha também são tributárias da densa polifonia bachiana.

tudo isso para não falar em Villa-Lobos, Baden, Vinícius...

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