quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A Presidenta


Pieter de Hooch, circa 1670

A rigor, chamar a presidente de presidenta é o mesmo que chamar a atendente de atendenta. A docente de docenta. A ignorante de ignoranta.  A combatente de combatenta. Presidente é comum aos dois gêneros: é aquela ou aquele que preside. Como a assistente assiste e a superintendente superintende. Como a crente crê. Mas a presidente insistiu com “presidenta”, supostamente por ser mais fã do feminismo que da gramática. E aí, se a coisa pega e os homens resolvem retaliar: dentista, analista, artista, comunista ou motorista iam para dentisto, analisto, artisto, comunisto e motoristo. 

Isso não vai acabar bem.

2 comentários:

  1. Excelente texto.
    Espirituoso e crítico.
    Lembra-me muito o blog de uma pessoa cujos textos se assemelham muito aos seus, especialmente pelo estilo de crítica. Se quiser dar uma conferida no tal blog, chama-se azumpano.blogspot.com.br.
    Certamente encontrará naquele autor um leitor assíduo de seu blog.
    Parabéns pelo blog. Tá excelente.

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  2. olá, raquel. obrigado pela visita, as palavras e a sugestão de blog.

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