sábado, 16 de outubro de 2010

Uma ferramenta e tanto

Joseph Kosuth, 1965





Verbetes pra que te quero


Não conheço gente que escreve que não adore dicionário. Parece ser um modo de a gente se farejar. Todo escritor que conheço é louco por dicionário. Já leu dicionários. Tem ou teve dicionários de tudo: de etimologia provençal, de rimas, de santos, de humor, de nomes próprios, de acordes cifrados, de árvores, de poetas de língua inglesa do século XX, de mitologia greco-latina, de termos literários, de pássaros, de símbolos, de filmes, de ideias correlatas (ou analógicos) – os thesaurus – etc.

Com o virtual, ficou mais cômodo e fácil dicionarizar-se. Afinal, os não virtuais, de fato, demandam um espaço considerável. São uma espécie de paquiderme no reino dos livros.

E impressiona como o melhor dicionário de português online é... português, e não brasileiro. Somos quase duzentos milhões. Eles são pouco mais de dez. É covardia. Nosso peso futuro dentro dos destinos da língua será o decisivo. E há as telenovelas e o que virá depois delas.

Mas o dicionário em questão é o da Porto Editora. Pode ser encontrado AQUI. A vantagem dele – até mesmo sobre as versões vendidas em software do Aurélio ou do Houaiss – é, apesar da concisão dos verbetes, funcionar também como dicionário de sinônimos.

No fim das contas, uma bela ferramenta.


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