sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Alguns perdidos e uma noite

Estátua de Plínio, o Jovem, em Como


De Plínios, Paralelas & O Retrato de Dom Pedro


Ao que aponta a evidência, um dos poucos Plínios que, de fato, fez bem ao Brasil foi o Marcos. Quanto ao Salgado e ao Arruda Sampaio nada indica que iriam governar com qualquer senso de democracia. Embora, com toda certeza, o integralista escrevesse melhor que o atual candidato do PSOL. E tivesse mais estofo intelectual.

Dos Plínios romanos, o velho foi o um reputadíssimo naturalista. E o jovem, que era seu sobrinho, um orador e político sagaz o suficiente para manter sua cabeça junto ao tronco ao longo de uma sucessão de imperadores que destilavam sangue, como Trajano.

Plínio Arruda Sampaio foi aplaudido por uma pequena claque de exaltados no deabate de ontem para hoje. É, no entanto, bom saber que o Brasil não o elegerá. E impressiona o jargão militar empregado pela extrema esquerda: "batalha", "luta", "guerra". Parece tomado de empréstimo dos que mais os perseguiram nos anos de chumbo: militares linha dura.

Em tempo, não creio que seja à toa que um conhecido que sempre simpatizou com candidatos da extrema direita tenha declarado uma certa queda por Plínio Arruda Sampaio. Não se cruzam as paralelas no infinito?

Desconfiar de qualquer excesso de ideologização nos diascorrentes. O que é necessário? Bons administradores. E respeito pelo estado de direito.

À luz da história, é provável que Dom Pedro II haja sido o maior dos homens públicos brasileiros. Ao menos assim o entendia Machado de Assis. É uma opinião de peso. Machado, inclusive, num pequeno ato de bravura pessoal, impediu, com empenho próprio, que o retrato de nosso segundo imperador fosse removido de seu gabinete, no Ministério da Agricultura, pelos republicanos golpistas. 


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2 comentários:

  1. Plínio foi o que se saiu melhor no debate. Com muita lucidez, ele apontou a raiz estrutural dos problemas que vivemos e que faz com que as coisas não mudem, após governos supostamente de direita e esquerda terem tomado o poder. cada vez mais vejo o PT e PSDB alinhados político-ideologicamente, despejando nos debates os mesmos discursos datados e evasivos... Plínio leva o eleitor a uma reflexão, que a grande massa do público não tem o mínimo de preparo intelectual para compreender, graças a alienação que o sistema tanto protege.

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  2. bem, como você vê, prezado anônimo, me permito discordar. acho que quem se saiu melhor ontem, nem foi marina e suas metáforas de visão do futuro; nem dilma e sua gesticulação decalcada de lula; ou serra e sua patente falta de carisma; tampouco plínio, cujas propostas populistas e genéricas -- endemicamente autoritárias -- levariam o brasil de volta às bananas, como a bolívia ou a venezuela; mas a REDE GLOBO. agora, note, é apenas uma opinião pessoal. e, me parece, possível, numa DEMOCRACIA. a mim, parece ser demais que, nessa altura do campeonato, alguém ainda entenda que pode "desalienar" um povo. não seria melhor um jogo, uma conversa com esse povo? um povo, mesmo analfabeto, como pescadores do noroeste cearense, foi com quem possivelmente mais aprendi. certamente mais, bem mais do que todos os meus (bons, excelentes alguns) professores de pós-graduação em sociologia e meu orientador, que era alemão -- embora lhes seja muito e sinceramente grato. e, note, aqui não vai nenhuma demagogia...

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