domingo, 8 de julho de 2012

Samu


Ivan Serpa

Passei um bom tempo fora de circulação. E tomei um táxi para voltar ao convívio humano. À altura da Washington Soares, naquele trânsito de enervar mártir, o taxista diz:
-Rapaz, ontem não é que o cara bateu no Samu.
E eu:
-Como?
-O cara acabou batendo no carro do Samu.
-O que é Samu?
Apreensivo, sem decidir se estou brincando ou sou sincero, o taxista olha para mim com um cara de quem quer desistir de me tomar por humano:
-Esse pessoal do socorro médico.
-Ah!

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