sábado, 23 de junho de 2007
Pavana para um amante defunto: Bogan ou um relógio de cascas e raízes
Roy Lichtenstein, 1970
To a Dead Lover
The dark is thrown
Back from the brightness, like hair
Cast over a shoulder.
I am alone,
Four years older;
Like the chairs and the walls
Which I once watched brighten
With you beside me. I was to waken
Never like this, whatever came or was taken.
The stalk grows, the year beats on the wind.
Apples come, and the month for their fall.
The bark spreads, the roots tighten.
Though today be the last
Or tomorrow all,
You will not mind.
That I may not remember
Does not matter.
I shall not be with you again.
What we knew, even now
Must scatter
And be ruined, and blow
Like dust in the rain.
You have been dead a long season
And have less than desire
Who were lover with lover;
And I have life—that old reason
To wait for what comes,
To leave what is over.
Louise Bogan
Para um Amante Defunto
O breu é sacudido a partir
Do claro, feito cabelos
Sobre um ombro.
Estou só,
Quatro anos mais velha;
Como as cadeiras e as paredes
Que certa vez vi luzindo,
Você a meu lado. Para eu acordar
Nunca desse jeito, não importa o que veio ou foi desfeito.
O caule cresce, o ano pulsa ao vento.
Maçãs chegam, e o mês em suas quedas.
A casca espalha, as raízes apertam.
Embora hoje seja a última,
E amanhã todas,
Não é da tua conta.
Que posso não lembrar,
Não é da conta.
Não vou estar contigo de novo.
O que sabemos, mesmo agora
Deve espalhar
E puir, e vazar
Como areia ao vento.
Morreste já faz tempo
E tens menos de desejar
A amada do amado;
E eu tenho vida—esse velho motivo
De esperar pelo que vem,
Largar o que é passado.
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