para
chegar à conversa a qualquer hora.
Nada como
ter menos de trinta. As possibilidades de conversa imantam alguns
botecos a partir do balcão. As conversas é que estão lá,
esperando pelos donos. Penando em noites sem dança para os lados do
Meireles
o
balcão, aliás, é o último recurso antes da meia-idade. O balcão
é o desenlace definitivo antes da vida respeitável. Sinopse
daquelas grandes mesas, onde todos se reconhecem, já tomaram alguns
porres. Ou dormiram juntos. Ou vão tomar. Ou dormir. Ou deram alguns
vexames. Ou vão dar
algumas
mulheres estonteantes, seus perfumes. Pródiga capacidade de se
apaixonar a cada espirro, cada lufada do terral. O vertiginoso
senso de gregariedade de quando se é jovem. Da gente quando jovem. Escrevendo versinhos. E aqueles lugares para onde se ia sabendo que se podia falar sobre uma
mulher, uma nova receita de pesto. Um time, uma enrascada. Ou mesmo encontrar essa mulher, de uma outra forma. E daí se ouvir a buscada
impressão. Os ingredientes, tempo de fervura. A sugestão intencionada. O consolo, às vezes, na carne. E de quem
nem se conhecia antes. E menos se esperava
e
já se era chapa só um cigarro depois
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