sábado, 7 de julho de 2012

O começo do fim das grades nas janelas e varandas




O malandro estava na esquina. Encostado num poste na esquina. Com o rosto inchado por passadas cachaças. Maquinava algo um pouco torpe, que pudesse ser adiado de última hora. Algo nada edificante. E levava baseado e meio na cachola. Ainda estava escuro. Nenhum carro na avenida.

Nisso os caminhantes passaram. Um já velho. Outro de meia-idade. O primeiro tirou para os lados do Centro. O outro foi para a banda do mar e da Aldeota. E eram só o começo. E o malandro na esquina, visto por mais olhos que os da polícia, odiou aquelas pessoas que, assim tão cedo da manhã, passam caminhando por cima de seu direito de delinquir. 

[04.07.12]

Nenhum comentário:

Postar um comentário