O
malandro estava na esquina. Encostado num poste na esquina. Com o
rosto inchado por passadas cachaças. Maquinava algo um pouco torpe,
que pudesse ser adiado de última hora. Algo nada edificante. E levava baseado e meio na
cachola. Ainda estava escuro. Nenhum carro na avenida.
Nisso
os caminhantes passaram. Um já velho. Outro de meia-idade. O
primeiro tirou para os lados do Centro. O outro foi para a banda do
mar e da Aldeota. E eram só o começo. E o malandro na esquina, visto
por mais olhos que os da polícia, odiou aquelas pessoas que, assim tão cedo da manhã, passam
caminhando por cima de seu direito de delinquir.
[04.07.12]
Nenhum comentário:
Postar um comentário