viajar,
essa nova maneira de evitar o desespero. nem sempre funciona:
-ei,
dona maria, sabe qu'eu queria transar – disse ele, entornando o copo.
-é
nada. como? - ela disse, refestelada na espreguiçadeira vizinha.
-por
trás dessa vez.
-ah, meu Deus, dá-me paciência.
ela
deitou-se de bruços, a carne farta, levemente estriada, saltando em
abundância das metades do biquíni.
ele
retirou o biquíni, desamarrando devagar, dobrou com pachorra, cheirou em piloto automático, e pôs
à mesa, sob o guarda-sol, num esticar de braço. A mão serviu o gole e, depois, às cegas, desceu até a bolsa, à base da espreguiçadeira articulada, e tirou um saco plástico, apenas
tateando.
no
saco havia os preservativos e os bonecos. Eram de Forte Apache, miniaturas.
ele pôs
alguns em cima de uma das metades, que tremulavam, exuberantes, um
tanto matizadas por sol, e a palidez. Era quase acabamento sunburst no chassi de uma Gibson 335, pensou. Um atirador de elite ficou numa posição estratégica, dominando o desfiladeiro. E, então, um segundo grupo à base da colina. Além de uma
bateria com canhão e alguns sacos de areia na jarreteira. E, avante, um pouco
acima da articulação do joelho, bem junto daquela verruguinha, um tocador de
tambor, alguém portando a bandeira e um grupo de mulas. Quando pôs o corneteiro, ela
sentiu cócegas:
-é
que às vezes eu fico um pouco impaciente – disse – e, pra falar
a verdade, rezando pr'essa arrumação não chegar nos ouvidos das
minhas amigas.
ele
ajustava metade dos guerreiros comanches nas costas dela, na ravina, atrás das montanhas:
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