Hugo
Chávez, visto como líder, faz parte daquela extensa linhagem de
caudilhos que emperraram a modernização e a democratização da
América Latina. Uma espécie de Perón reatualizado em versão
venezuelana e com supostas sobretintas de esquerda. Que haja quem o
admire e sonhe com uma solução boliviariana para o continente ou
certos impasses em seus respectivos países dá testemunha da
persistência do caudilhismo como modelo político.
Uma
solução que passa pelo personalismo e o carisma de ditadores como
Chávez é, na realidade, brutal retrocesso. Mas há ainda hoje os
que louvam Cuba e os escandalosos arbítrios que se passam lá.
Parece
que é mais fácil hostilizar o stalinismo do que o regime cubano.
Mas não há vigorosas semelhanças entre ambos?
Em janeiro passado, Chávez foi estampado em um portal como o da BBC a dizer que crê
que os Estados Unidos estão por trás do fato de vários líderes na
América do Sul (Ele próprio, Fernando Lugo, Cristina Kirschner, Lula) haverem contraído câncer. Os Estados Unidos e a santidade não combinam. O México sabe disso melhor que ninguém. Mas chega ao ridículo essa de câncer induzido, não fosse também uma aberração histórica, síndrome de perseguição tão ao gosto desses que se dizem “de luta”.
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