Era estranho, reler correspondência e, sem menos, flagrar-se naquele
estado adolescente. Passando páginas – agora que também se fica com
os envios – enxergava cifras reexaminadas à lupa, ovo e pelo. Como fosse possível passear de bicicleta pensando o tempo
inteiro em equilíbrio, gravidade e Flintstones. É tão mais fácil prever o
presente, então. E ver sintomas dele em cada subentendido. Convites. E logo sobrevinha uma
re-revelação doce que na memória esgarçara. E, no entanto, certeza: não se devia tocar nesses arquivos mortos de ciúme e
neurose. A pena: dissolver possibilidades e dias que ainda.
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