a
proposta é falar daqueles títulos que nos deixam mais felizes. Belos belos. Títulos que, em si, são formas da história. Conquistas futebolísticas. Ou perto disso
paulinho
da Viola tem um samba chamado “Para um amor no Recife”. Sempre tive inveja branca desse
título. E inda não inventei fórmula de lidar com essa inveja
a
questão é delicada. A gente gosta do título, mas repeti-lo não é
inventá-lo. Ou ressurgi-lo. Não se pode inventá-lo de novo, ao pé da letra. Ao pé da árvore de literalidades. E, como ele está na própria língua, sequer traduzi-lo. Talvez se possa apropriar-se dele para nomear texto que com ele não divide saco e sal. Mas isso pode dar trabalho
outro
título que acho tremendo é o de um livro de Raimundo Girão:
Geografia Estética de Fortaleza. O livro, que mapeia manifestações, grupos, tertúlias literárias, ateliês, cafés e saraus do
tempo de Girão, meados do sec. XX, talvez seja de escasso interesse
para todos que não lidam com memória ou história das cidades. Ou de uma cidade em específico: Fortaleza. Mas
o título: que maravilha
ao
menos no caso de Girão, dei um jeito de solucionar parcialmente a questão. A um artigo sobre urbanismo em
Fortaleza, pus o nome de “Arquitetura Intuitiva da Aldeota”. É o
mesmo princípio: “Substantivo Adjetivo Preposição Nome Próprio”
só
que inusualmente bem combinados, no caso de Girão. Espero, um dia,
poder editar em livro todos meus artigos sobre a cidade sob esse
título: Arquitetura Intuitiva da Aldeota. E há um roteiro
para documentário, escrito em 2006, também intitulado assim
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