Que não caem todo dia
Mesmo quando não se tem lá grande interesse por política institucional - afinal há tanta coisa na vida mais interessante com que se ocupar; e coisas até mais políticas, no senso estrito - é fácil perceber a exasperação das editorias de política na grande imprensa quando se pressente que um(a) candidato(a) segue bem adiante dos demais e, muito provavelmente, o segundo turno está fadado ao beleléu.
Algo do suspense das telenovelas, linguagem, afinal definidora até do que se escreve sobre política, dissipa-se no ar.
Eis porque escândalos são buscados como gemas escassas num rio cujo cascalho já segue quase exaurido de seus veios diamantíferos. As revistas semanais, Veja, em particular, exemplificam melhor que ninguém essa tendência.
Para os grandes conglomerados de comunicação, a vitória imediata, no primeiro turno de um(a) candidato(a), lhes retira boa parte do poder de barganha de que dispõem. Minguando-lhes polpudos, potenciais lucros que não caem no cofre-forte todo dia.
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