Giovanni Anselmo, 2000
Alba
Quan lo rosinhols escria
ab sa part la nueg e.l dia,
yeu suy ab ma bell'amia
jos la flor,
tro la gaita de la tor
escria: "Drutz, al levar!
Qu'ieu vey l'alba e.l jorn clar".
Anônimo
Alba
Quando o rouxinol assovia
escavando da noite o dia,
sobre a bela guria
minha mão ainda escorre,
até troar na torre
o apito: “Amantes, vos declaro,
amanheceu, é dia claro!”
Nota – este poema, de um trovador anônimo, é um das mais conhecidas albas da poesia provençal. Esta tradução, nada literal, é bastante “solta”, em vários aspectos. Um trovador, por exemplo jamais chamaria sua amante de “guria”, mas de “senhora”, “dama”, ou no mínimo “amiga” [(“amia”, v.3) que significava “namorada”, como no galego-português-arcaico – de onde, aliás, adveio esse gênero poético que se aclimatou, posteriormente, na Provença].
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