[s/i/c]
Metalenguage
Composed word
written in English
that consist in 12 letters
which disposition in space
can harmonise itself
(poetically)
in 7 verses
(or more).
Ron Silliman
Metalinguagem
Palvra composta
escrita em português
que consiste em 13 letras
cuja disposição no espaço
pode harmonizar-se
(poeticamente)
em 6,5 versos
(ou mais).
Nota – publico a tradução deste poema sem grande entusiasmo. Mas há um propósito: um poema pouco luminoso como este deve ter espelhado muitos poemas ruins aqui no Brasil, já que a geração que começou a produzir nos 90 é tão obcecada pelos poetas L=A=N=G=U=A=G=E e seus afluentes. Há obviamente na tradução uma pequena brincadeira, quando ponho 6,5 versos por 7. Com isto, quero apenas indicar certo contempto por toda essa meta-poesia que tem gerado uma vanguarda árida, cheia de “metaslinguagens” insípidas, que levam do lugar nenhum ao lugar ainda mais nenhum. E por igual reforçam a necessidade egóica do autor de se referendar “inteligente” diante do leitor. Uma linguagem que seduz a tantos. Seria o corolário ideal à infelicidade suscitada pela semiótica referida na postagem anterior. Já vi melhores poemas de Silliman. Inclusive o que segue discutido por Marjorie Perloff em seu Wittgenstein's Ladder. De resto, este poema agradaria mais a Barthes que a Mário Faustino. A diferença? Faustino era poeta.
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