
Agnes Martin, Harbor N 1, 1959
Ao modo de uma antiga balada
Sê para mim
um porto seguro
nos dias em que
o céu não seja
mais que muro
Sê para mim
a piscina calma
em que a fateixa
do corpo possa
ancorar a alma
Sê para mim
água de gamboa
sob pleno mangue
mergulhar-se inteiro
onde nada soa
Sê para mim
angra e cava
espaço de pouso
ainda que breve
para quem passava
* * *
Que beleza tua poesia, Ruy. Abçs.
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